domingo, 25 de março de 2012

INERRÂNCIA BIBLICA



Num post anterior mencionei a inerrância da Bíblia. Por ser um conceito muito mal entendido e muito atacado, acredito que mereça um post explicativo. Como eu sei que não tenho procuração de todos que acreditam na inerrância da Bíblia para falar por eles, vou falar por mim somente.

Creio que a Bíblia foi escrita por autores sobrenaturalmente inspirados por Deus a ponto de ser verdadeira em tudo o que afirma, e isto não somente em matérias de fé e história da salvação. Ela é livre de erros, fraude e enganos. A Escritura não pode errar por ser em sua inteireza a revelação do Deus verdadeiro. Ela não é somente uma testemunha da revelação e nem se torna revelação num encontro existencial. Ela permanece a inerrante Palavra de Deus independentemente da resposta humana.

Estou persuadido de que o sentido básico desse conceito não foi inventado pelo escolasticismo protestante pós Reforma e nem pelos fundamentalistas históricos do início do séc. XX em reação ao liberalismo teológico. Sei que o termo “inerrante” só apareceu na Igreja a partir dessa última controvérsia. Contudo, para mim, é evidente que o conceito está presente na fé da Igreja desde o seu início. Apesar disso, não acredito que abraçar a inerrância é essencial para a salvação. Negá-la, todavia, pode eventualmente trazer prejuízos para a vida espiritual da igreja, abrindo a porta para males morais e espirituais.

Ao dizer que a Bíblia é inerrante, não estou negando que erros de copistas se introduziram no longo processo de transmissão da mesma. A inerrância é um atributo somente dos autógrafos, ou seja, do texto como originalmente produzido pelos autores inspirados por Deus. Muito embora hoje não tenhamos mais os autógrafos, pela providência divina podemos recuperar seu conteúdo, preservado nas cópias, quase que totalmente, através da ajuda de ferramentas como a baixa crítica ou a manuscritologia bíblica. A ausência dos autógrafos não torna a inerrância bíblica irrelevante, como dizem alguns. Se não temos os autógrafos para provar que eles não contêm erros, eles também não os têm para provar que contêm. Lembro que o ônus da prova é deles.

Quando digo que a Bíblia é inerrante, não ignoro estudos recentes na área de linguagemque apontam para os ruídos inerentes na comunicação, como o desconstrucionismo. Tais dificuldades, contudo, não impedem que o Deus que nos fez à sua imagem e semelhança, e que criou a linguagem, a use como meio claro de sua revelação inerrante, a ponto de nem a cultura e nem a pecaminosidade humana distorcerem o que ele quis de fato nos dizer.

Também não estou dizendo que os autores bíblicos receberam conhecimento pleno e onisciente acerca do mundo, quando escreveram. Não creio em inspiração mecânica ou em ditado divino que anulou a humanidade dos autores. Eles se expressaram nos termos e dentro do conhecimento disponível em sua época. Assim, eles descrevem que o sol nasce num lado do céu e se põe no outro, ou ainda mencionam que o sol parou no céu (Josué). No livro de Levítico se diz que a lebre rumina e que o morcego é uma ave. Sabemos que pelas convenções técnicas atuais lebres não ruminam e morcegos não são aves. Os autores bíblicos, entretanto, estavam se expressando em linguagem coloquial, fenomenológica, como observadores. E do ponto de vista do observador, o sol de fato se move no céu. E na Antigüidade, todos os animais que mexiam com a boca após comer pareciam ruminantes e tudo que tinha asas e voava era ave!

Sei também que não posso explicar todas as dificuldades da Bíblia em termos absolutamente satisfatórios. Por exemplo, a harmonia dos Evangelhos continua sendo em parte um desafio para autores comprometidos com a inerrância bíblica, pois nem sempre se consegue achar uma explicação plena (ainda) para alguns dos problemas levantados pelas aparentes discrepâncias entre os Evangelhos e entre Crônicas e Reis. Sei, no entanto, que não posso aceitar soluções que impliquem numa diminuição da autoridade das Escrituras, sugerindo contradições ou erros. Prefiro aguardar até que mais informações nos ajudem a achar soluções compatíveis com a natureza da Escritura e sua divina origem.

Ao afirmar a inerrância da Bíblia não estou ignorando que, com freqüência, as teorias científicas sobre a história da terra têm sido usadas para desacreditar o relato bíblico da criação, do dilúvio e sua cosmovisão geocêntrica. Entendo, contudo, que não é correto avaliar a veracidade da Bíblia mediante padrões de verdade que são distintos do seu propósito e que se baseiam em conclusões provisórias, efêmeras e freqüentemente desmentidas a posteriori por outros estudiosos e cientistas. A Bíblia não é um livro científico, nos padrões modernos, e frequentemente se refere aos fenômenos naturais usando a linguagem descritiva do observador, como já mencionei, a qual não é cientificamente analítica.

Por fim, estou consciente de que às vezes ocorre na Bíblia o que estudiosos modernos chamariam de erros de gramática com base no que se conhece hoje do grego, hebraico e aramaico. Sei que autores bíblicos citam outras partes da Bíblia de maneira livre, que eles usam números arredondados e que relatam os mesmos eventos de diferentes perspectivas, como no caso dos Evangelhos. Essas coisas, todavia, em nada prejudicam a inerrância da Bíblia. Ela permanece plenamente confiável em tudo que afirma, uma vez que a tomemos em seus próprios termos, sem impor-lhe a camisa de força da visão de mundo moderna, moldada por pressupostos secularizados e anticristãos.

A negação da inerrância da Bíblia é típica da esquerda teológica protestante e católica(*), afetada por uma cosmovisão oriunda das filosofias e ideologias que emergiram do Iluminismo, trazidas ao Brasil por cursos de teologia oferecidos em instituições de ensino públicas ou de denominações não mais comprometidas com os itens da fé cristã histórica. Junto com a negação da inerrância geralmente vem uma postura liberal quanto a casamento, divórcio, aborto, eutanásia, sexo antes do casamento, homossexualismo, etc. Há exceções e quero deixar isso claro, para não fazer generalizações injustas.

Ao terminar esse post, perguntei a mim mesmo se não é teimosia continuar a acreditar na inerrância da Bíblia depois de ter listado tantas dificuldades e feito tantas ressalvas. Quando penso, por outro lado, em todas as dificuldades e ressalvas que a esquerda teológica tem que enfrentar para defender a validade e a relevância para hoje de uma Bíblia que é cheia de erros e contradições, não sendo mais que um mero registro humano da fé de Israel e dos primeiros cristãos eivado de mitos e fábulas, vejo que é mais coerente continuar crendo na inerrância. Aqui permaneço.

NOTA: (*) “Esquerda teológica protestante e católica” é uma expressão que estou testando para ver se pode ser usada adequadamente para descrever os protestantes e católicos neoliberais. Tenho em mente os adeptos da teologia da libertação, que defendem o ecumenismo, aceitam a alta crítica bíblica e se vêm como comissionados a reinventar a Igreja e a teologia para os dias de hoje. Uso o termo “esquerda” emprestado da política, sem querer identificar os esquerdistas teológicos com esquerdistas políticos, em que pese a agenda e a credenda comum a ambos.



quinta-feira, 3 de março de 2011

cultuando Deus além do templo.


lc.21.

5-Falavam alguns a respeito do templo, como estava ornado de belas pedras e de dádivas.


6- Disse Jesus: vedes estas coisa? dias virão em que não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada.


7-E perguntaram-lhe, dizendo: Mestre, quando serão, pois, estas coisas? E que sinal haverá quando isto estiver para se cumprir?



Quando o culto pode se tornar algo simplório, ireal, sem sentido, sem a direção correta para com aquele que devemos adorar?


Jesus está no templo com seus discípulos, observando as coisas que se estão fazendo naquele lugar. ele observa as ofertas e vê que uma mulher pobre, consegue dar mais que os ricos que ali estavam. vê as pessoas comentarem sobre o templo dizendo; como esta ornado de belas pedras e de dádivas! Em outras palavras; como esta belo este templo! que coisa maravilhosa! que estupenda beleza! Aquilo certamente enchia o Ego daquelas pessoas, e Jesus estava ali a observar tudo. O templo era considerado um lugar sagrado pelos Judeus, um lugar onde se adorava a Deus. As pessoas vinham de todo mundo, daquela época, para adorarem a Deus no templo. Os Judeus se sentiam privilegiádos, pois ali estava o templo, o lugar da morada do altíssimo.


quando o culto pode se tornar algo simplório,... ???


1- Quando cultuamos a coisa criada em vez do Criador.


Ali estava o povo, pronto para ouvir a palavra , olhando para as colunas do templo ornamentado e admirados com tanta beleza. Jesus olha para aquilo tudo e diz: vedes estas coisas? Jesus estava falando dos ornamentos, dos enfeites do templo e do próprio templo. A adoração daquele povo, não passava de mera tradição, vinham ao templo e ficavam admirados com o templo e cultuavam o templo em vez daquele que disse que habitaria no templo. O templo era a idolatria judáica. O orgulho daquele povo, o templo, havia afastado eles daquele que habitava no templo.


quando o culto pode se tornar algo simplório...???


2- Quando a beleza do que fizemos nos deixa cegos para com Deus.


O valor dado ao templo era tão grande, que era inconcebível a ideia de que Deus pudesse estar aqui na terra sem a presença do templo.


Jesus depois de fazer a perguntas "vedes estas coisas?" Diz: Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada. Jesus esta dizendo que o templo seria destruído. Isto para um Judeu seria o fim do mundo, e então os discípulos lhe fazem uma pergunta, que arremetem este acontecimento para a parousia. É visível a ligação que eles fazem com dia do juízo. Eles perguntam: Mestre quando sucederá isto? E que sinais haverá de quando estas coisas estiverem para se cumprir?


Jesus responde apontando para o fim, e fala sobre as coisas que vão acontecer, porém ele deixa claro, que era necessário que aconteçam estas coisas primeiro, mas ainda não era o fim.


valorizar as coisas acima daquele que é o dono destas coisas, pode nos fazer prestar um culto sem sentido, sem valor e sem significado.


O templo foi derribado, mas outro foi erguido em seu lugar e este o templo do Espírito santo de Deus. Devemos cuidar sim do templo, mas não podemos fazer do templo, algo que deixe Deus em segundo lugar.



soli deo glória.




quinta-feira, 26 de março de 2009

CARTA AOS ROMANOS VERSICULO POR VERSICULO.

A Epístola de Paulo aos Romanos tem como uma das finalidades possíveis esboçar e explicar aos cristãos da capital do Império Romano as doutrinas básicas do cristianismo primitivo e consequentemente de todas as eras. Possivelmente Paulo está bastante preocupado com os ensinos disseminados pelos cristãos denominados : da circuncisão (At 15:1) , conhecidos também como judaizantes os quais conduziam todos os seus esforços para de alguma forma conciliar a doutrina cristã contida no Evangelho com as tradições do judaísmo e a lei de Moisés. Estes cristãos ensinavam que não existia salvação sem Moisés. Como vimos em Atos 15:1 “... sem circuncisão ninguém pode ser salvo.” Outro propósito seria o de manter contato com a igreja de Roma, visto que Paulo ainda não havia estado lá, com a finalidade de futuramente estabelecer sua base missionária quando intentasse levar o Evangelho para Espanha.

O apóstolo Paulo demonstra nestes breves 16 capítulos a corrupção ou depravação total da raça humana sob o domínio do pecado, causando no gênero humano uma total incapacidade de encontrar o caminho de retorno ao Seu Criador através de seus próprios méritos conquistados pelas suas boas obras. O que Paulo demonstra claramente é que nenhum ser humano tem a capacidade de produzir alguma obra que o qualifique a ser considerado por Deus como alguém digno de ser justificado.

Por causa dessa debilidade espiritual humana, demonstra Paulo, é que Deus em Seu plano redentivo proveu a raça humana um meio de justificação que fosse destituído de qualquer ato produzido pelo próprio homem em benefício de si mesmo, um meio que fosse concedido ao homem gratuitamente, ou seja, algo que lhe fosse imerecido. Esse meio de justiça oferecido por Deus foi o sacrifício substituto (vicário) de Seu Filho satisfazendo assim as exigências tanto da lei como da Sua justiça.

Justificado imerecidamente através do mérito de outro, a saber, Jesus Cristo, o homem passaria a desfrutar de alguns benefícios que ele jamais poderia alcançar ou conquistar por si mesmo, ou seja, o restabelecimento da comunhão com Deus e o livre acesso a presença de Deus em todo o tempo, o perdão de todos os seus pecados, a declaração de absolvição da parte de Deus o Juiz: Absolvição eterna, forças para lutar contra o pecado e vencer, libertação do jugo acusativo e condenatório da lei, certeza de salvação plena e irrevogável , uma novo comportamento ético e moral e uma separação divina para o serviço de Deus. Isto ele consegue quando crê em Cristo.

Pensando nessas coisas desenvolveremos a partir de agora um breve comentário sobre os princípios que todo o cristão deve conhecer concernentes a salvação dos homens.

Principalmente por causa do conceito que esta epístola desfruta diante dos estudiosos tais como: “A Epístola aos Romanos é o livro mais profundo que existe”. “O conhecimento do conteúdo desta Epístola é um curso completo de teologia”. “Quem obter um conhecimento profundo desta Epístola, será possuído por ela”.

COMENTÁRIOS:

Como era de costume na época, Paulo escreve sua epístola obedecendo os padrões literários dividindo sua carta em uma pequena introdução, desenvolvimento do assunto a ser relatado e as saudações finais.

No capítulo primeiro, versos 1 a 17 vemos o apóstolo apresentando-se, reivindicando sua autoridade apostólica , falando sobre os destinatários, sobre si mesmo e sobre o assunto que iria explicar no corpo da epístola: “A justificação pela fé”.

V.1. Paulo apresenta-se como: “... servo de Jesus Cristo...”. A palavra servo aqui significa literalmente escravo. Dentro do contexto do império romano onde somente se reconhecia um senhor supremo que era Cezar, o apóstolo começa sua epístola demonstrando que existe um Senhor que é superior a Cezar, que era Cristo.

Romanos 1.1 ...servo... (douloV) =ESCRAVO!

Quando você pensa na palavra servo, o que vem a sua mente?

Quando você pensa na palavra escravo, você pensa na mesma coisa?

Dizer em nossos dias que alguém é servo de Deus é uma coisa; mas, se observarmos se essa mesma pessoa é um escravo de Deus, aí a coisa fica um pouco diferente não é? Mas não deveria ser assim, pois, Servo e Escravo significam a mesma coisa.

Então, ao pensarmos nessas palavras e observando o texto sagrado, devemos levar em consideração algumas idéias no que diz respeito ao serviço que prestamos para o Senhor:

  1. Como “doulos” – o escravo. Nas palavras de Candus “Aquele que pessoalmente acompanha o seu Senhor para realizar os desejos do seu coração”. “Doulos” no contexto do Novo Testamento é aquele que tem um compromisso direto com Deus; que serve diretamente ao seu Senhor.

  1. Doulos Homem de condição servil ; Aquele que desiste de si próprio, dos seus interesses para fazer a vontade do outro

  1. Ele (Jesus) estimula que os Seus discípulos sejam como um SERVO. Essa palavra, no grego, é doulos, que significa "escravo da mais baixa condição, considerado propriedade, sem vontade ou direitos".

  1. A idéia de um escravo cumprir a vontade de seu senhor, por necessidade absoluta, sem importar sua vontade (aqui entra o que ele acha e o que ele quer) ou seus sentimentos pessoais, é a que ocupa o primeiro lugar, no que diz respeito a esse ensino bíblico.

  1. Além disso, há indícios de que o verdadeiro liberto é aquele que se deixa guiar pela vontade divina, sujeitando-se completamente a ela.

  1. aqui, esse serviço diz respeito aquele que pertence a Cristo. E esse serviço não deve ser visto como algo forçado, mas como um ato de escolha voluntária e jubilosa. (eg. Atos 20:24)

  1. Jesus Cristo é o Senhor por direito de compra (ver 1Cor.6:20; 1Pe.1:18;. Isso faz de Jesus de Nazaré nosso legítimo Senhor, no sentido mais absoluto do termo. (2. Soberano, chefe. 3. Proprietário, possuidor, dono absoluto. so.be.ra.no adj. 1. Que está revestido da autoridade suprema. 2. Que governa com absoluto poderio. 3. Dominador, poderoso, influente. 4. Que exerce um poder supremo sem restrição nem neutralização. 5. Diz-se de Deus e da sua suprema autoridade. 6. Excelso, magnífico, notável. S. m. 1. Chefe de poder monárquico. 2. O que tem grande influência ou poder.

  1. Esse termo era aplicado a certos profetas, e determinados heróis de Israel, ou ao préprio Israel. (Am.3:7; Jos.24:29; Sal.89:3; ...)

  1. Esse vocábulo foi aplicado ao próprio Jesus Cristo, o maior de todos os servos de Deus. (ver Isaías 52:13 à 53:12)
  2. A servidão a Cristo liberta o crente da falsa liberdade que o mundo e o Diabo oferece, a qual, é a forma mais terrível e cruel que existe. Ela sempre induz o homem a fazer o que é desagradável à Deus. (Rom. 6:16)

  1. Perdemos nossa vida, quando aceitamos à Cristo, somente para tornar a achá-la. (Mt.16:25). É o amor de Cristo é que nos constrange a este serviço:

“Um amor tão admirável, tão divino,

exige minha alma, minha vida, meu tudo.” (Isaac Wats)

Isso está de acordo com Mc.10:42-45 que diz: “42 Então Jesus chamou-os para junto de si e lhes disse: Sabeis que os que são reconhecidos como governadores dos gentios, deles se assenhoreiam, e que sobre eles os seus grandes exercem autoridade. 43 Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva; 44 e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. 45 Pois também o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.

O QUE JESUS ESPERA
de Dennis Downing
 
“Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?’ Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!” Mateus 7:22-23
 
Onde foi que Jesus mandou seus discípulos profetizarem? A expulsão de demônios ou a realização de milagres são condições para entrar no Reino? As obras que Jesus espera do discípulo são menos espetaculares, porém, no dia a dia, muito mais difíceis de serem realizadas.
 
Professar Jesus como Senhor e viver uma vida em submissão a Ele é uma palavra mais poderosa que qualquer profecia. Expulsar dos nossos corações a cobiça e o ódio valem mais que qualquer exorcismo. Fazer a nossa parte no prodígio de amar os nossos inimigos é um milagre o bastante para Deus. Orar, jejuar e servir aos outros sem se importar se qualquer outra pessoa está sabendo é uma obra que só pode ser realizada por uma vida entregue ao Reino.
 
São estas as obras que o Senhor espera de nós. Se não as praticamos, ou se as praticamos mas continuamos numa vida paralela de pecado, não haverá lugar no Reino para nós. Essas pessoas realmente ficaram surpresas na pior hora – o dia do juízo. Por quê? Porque elas trataram de mudar tudo menos o que Jesus mais queria – seus corações.
 
O pior engano não é dos outros, mas de nós mesmos. Vamos deixar o Senhor realizar o maior milagre possível em nós – mudança de coração – para seguir Jesus com tudo que temos e somos. Assim a única surpresa será com o tamanho das bênçãos que o Senhor terá reservado para nós.
 
E esta surpresa você não vai querer perder.
Todo poderoso Rei, nós nos enganamos, mas ninguém engana o Senhor.
Por favor, proteja-nos da ilusão de sermos autores de grandes obras.
Ajude-nos a buscar apenas aquilo que a nós pertence – a entrega dos
nossos corações a Jesus para que Ele opere o milagre da nossa

conversão. Em nome de Jesus pedimos. Amém.

”...chamado para apóstolo...”. Ele afirma que foi por intermédio deste Senhor absoluto e supremo chamado Jesus Cristo que ele foi comissionado, vocacionado ou escolhido com a finalidade de representá-lo em outra pátria. Paulo usa a expressão embaixadores em outras epístolas para designar o ofício cristão, ou seja, nós somos representantes da pátria celestial neste mundo e temos a responsabilidade de anunciar os seus princípios, leis e costumes na pátria terrena, a fim de conduzir a terrena á celestial. Paulo se apresenta como alguém que foi escolhido por Deus para este fim. Esta escolha está possivelmente ligada a questão ministerial, a vocação para o ministério feita na eternidade ou, como demostra a tradição profética, no ventre da madre, conforme também diz o apóstolo em Gálatas 1:15.

CHAMADO = klhtoV

Significa: designado; escolhido; separado por Deus para ocupar alguma esfera especial de ação, sendo investido de autoridade espiritual para tanto.

Esta chamada é de origem divina (cf. Gl.1.1)

Tal chamada para o apostolado subtende 05 aspectos:

· 1. Sua dependência a Cristo, fonte de sua vocação e autoridade;

· 2. Sua autoridade na igreja cristã;

· 3. Apologia contra os que duvidavam de seu apostolado;

· 4. Inspiração de sua mensagem, porquento ele foi enviado para anunciar a mensagem divina;

· 5. A própria palavra apóstolo significa enviado.

APÓSTOLO = apostolloV

Significa de uma forma mais ampla: “apóstolo é alguém escolhido e enviado para uma missão especial como representante autorizado de quem o envia.”

Quais são então os sinais ou marcas de um verdadeiro apóstolo:

1. Ninguém que não tivesse visto o Senhor ressurreto podia ser apóstolo. (cf. Atos 1:21; 1Cor.9:1)

2. Ele tinha que ser chamado especialmente para ser apóstolo.

3. Ele é alguém a quem é dada autoridade e é dada uma comissão para fazer algumas coisas. (Ex.: operar milagres; 2Cor.2:12; Comunicar dons espirituais; autoridade para ensinar sob o crivo da inspiração divina – 2Cor.10:8; 13:10)

Apostolado ou apostolice?

Uma leitura atenta do Novo Testamento nos leva a questionar não apenas certas práticas do movimento apostólico moderno, mas o próprio movimento.

21-04-2005 | Já faz algum tempo eu andava curioso por conhecer melhor o chamado movimento apostólico. Não estou falando da Igreja Primitiva, não. Refiro-me aos apóstolos de nossos dias, esses que começaram a pipocar depois de 1980. Então, há pouco mais de um mês, reencontrei meu amigo Freddy Guerrero, que mora em Quito, no Equador. Tive a grata surpresa de saber que ele está investigando o assunto, como parte de seus estudos de pós-graduação. Eu, um leigo no assunto, diante de um "expert"... É claro que bombardeei-o de perguntas.

Descobri várias coisas. Existem pelo menos três grandes redes apóstolicas. É isso mesmo. São três redes. Quer dizer, estão divididos. Desde logo, vê-se que os apóstolos do século XXI não são um exemplo de unidade em Cristo. Em todas as três redes há uma fortíssima ênfase na batalha espiritual. A maior das redes é de linha carismática. Outra é messiânica, e a terceira é judaizante. Aliás, fiquei de queixo caído ao saber que os apóstolos da linha judaizante negam que Jesus seja Deus.

O movimento apostólico ensina que cada apóstolo possui autoridade espiritual sobre territórios específicos. Um é apóstolo de Buenos Aires, outro é da Cidade do México, e assim por diante. É claro que o Brasil também já está "loteado". Segundo cálculos feitos por Freddy, existem hoje no mundo todo uns 10 mil "apóstolos". Estes alegam possuir a mais alta autoridade espiritual em suas respectivas regiões. Todas as igrejas, de qualquer denominação, e mesmo aquelas sem filiação denominacional estão sob a autoridade deles. Bem, pelo menos é assim que pensam.

Aproveito para mencionar que Freddy chegou a ser convidado por um "apóstolo" argentino para se tornar "apóstolo" de Quito. Se tivesse aceito, o argentino teria imposto as mãos sobre Freddy e hoje eu seria amigo de um "apóstolo". Felizmente, Freddy teve o bom senso de rejeitar o convite. Fica um pouco a idéia de clube do Bolinha, com um apóstolo convidando alguém para se tornar um deles.

Pessoalmente, creio que alguns desses "apóstolos" são sinceros em seu desejo de servir a Deus, embora estejam equivocados. Mas não posso dizer isso de todos. Sem citar nomes, Freddy me contou casos de "apóstolos" envolvidos em escândalos sexuais, disputas por poder, enriquecimento à custa das igrejas, etc. Um outro amigo me contou de um "apóstolo" aqui no Brasil que, na sua estratégia de batalha espiritual, resolveu delimitar as fronteiras de sua jurisdição. Como Jesus Cristo é apresentado na Bíblia como o leão de Judá (Apocalipse 5.5) e como os leões demarcam seu território com urina, esse "apóstolo" começou a sair pelas ruas de sua cidade e circunscrever sua área com... sua própria urina! Quanta ingenuidade!

Uma leitura atenta do Novo Testamento nos leva a questionar não apenas certas práticas do movimento apostólico, mas o próprio movimento. Se não, vejamos:

Biblicamente a palavra "apóstolo" tem a idéia de procurador ou representante de alguém. A ênfase do vocábulo não está na tarefa em si, mas em quem deu a tarefa ao apóstolo. Por esse motivo, em várias de suas cartas, Paulo se apresenta como "apóstolo de Cristo Jesus" (Galátas 1.1; Efésios 1.1; Colossenses 1.1; 1 Timóteo 1.1; 2 Timóteo 1.1), pois é Jesus quem o havia comissionado. E essa procuração era intransferível. Nem Paulo nem os demais apóstolos da Igreja Primitiva tinham o direito de chamar alguém para ser apóstolo junto com eles. A escolha de alguém para o apostolado era prerrogativa do próprio Jesus (Atos 1.2).

Além disso, apóstolo era alguém que viu pessoalmente a Jesus ressuscitado (Atos 1.21-26). Aliás, ao defender seu apostolado, Paulo faz uma clara associação entre ser apóstolo e ter visto Jesus (1 Coríntios 9.1). Ele também afirma que Jesus ressuscitado apareceu a todos os apóstolos. No seu caso pessoal, Jesus apareceu-lhe "como a um que nasceu fora de tempo" (1 Coríntios 15.7), pois foi em circunstâncias excepcionais, após Jesus ter subido ao céu, que Paulo viu Jesus (Atos 9.3-6).

Os apóstolos do Novo Testamento caracterizavam-se, entre outras coisas, por “sinais, prodígios e poderes miraculosos” (2Co 12.12; ver tb At 5.12). Isso funcionava como confirmação de que o apóstolo recebera autoridade da parte do Senhor Jesus. Os acontecimentos não eram coisas do tipo cair no culto, mas verdadeiros milagres, como cura de aleijados de nascença (At 3.2-8; 14.8-10) e ressurreição de um jovem (At 20.9-12).

Para concluir, o ministério apostólico neo-testamentário não era delimitado geograficamente. Paulo, por exemplo, foi apóstolo dos gentios (Galátas 2.8; Romanos 11.13). Não estava preocupado com territórios, mas com pessoas. Para ele não havia fronteiras. Seu interesse era levar não-judeus ao conhecimento de Jesus, não importa onde estivessem.

Minha dificuldade em aceitar o movimento apostólico dos nossos dias reside em que os "apóstolos" modernos não viram Jesus ressucitado, não foram designados pessoalmente pelo próprio Jesus, não realizam prodígios e sinais como na época do Novo Testamento e, ao contrário dos apóstolos do século I, se preocupam com a distribuição territorial. Minha conclusão é que tais pessoas declaram-se apóstolos, mas na verdade nunca o foram (2 Coríntios 11.13; Apocalípse 2.2).

Se, apesar das objeções acima, você ainda está pensando em seguir a profissão de apóstolo, é melhor se apressar. Infelizmente as áreas nobres já estão ocupadas. Mas ainda existem cidades menores sem dono. A propósito, parece que a Antártida ainda não tem apóstolo. Um continente inteiro à disposição! Alguém se candidata?

”... separado para ...” Esta separação diz respeito, não a escolha eterna para vocação, mas a experiência histórica de Paulo quando teve a consciência do que Deus havia estabelecido a seu respeito, ou seja, toda a sua vida foi conduzida e administrada por Deus para que se consumasse historicamente o chamado que Ele havia feito na eternidade. Esta ação de Deus cumprindo o Seu propósito na vida de Paulo tinha por finalidade torná-lo um pregador ou arauto, um anunciador da Sua vontade.

Devemos observar pelo menos dois aspectos desta declaração de Paulo:

1. Tal expressão não é o equivalente a “escolhido por Deus”.

2. Também não é igual a “nomeado pela igreja” como lemos em Atos 13:2.

3. Pelo contrário, significa que todo o drama do nascimento e da vida de Paulo haviam sido providencialmente arranjados, de forma a leva-lo àquela relação especial com o Evangelho.

Essa separação de Paulo se divide em três estágios:

1. Quando do seu nascimento. (conf. Gal.1:15)

2. Quando da sua conversão (conf. Atos 9)

3. Quando da sua separação pela Igreja de Antioquia. (conf. Atos 13)

Nisto, todas as coisas necessárias a um bom desempenho de Paulo em seu ministério apostólico foram concedidas por Deus no decurso de sua vida.

A existência de Paulo neste mundo devia-se exclusivamente ao fato de Deus o haver comissionado para ser um pregador do Evangelho. Se não fosse para isso a existência de Paulo não teria razão de ser.

“... o Evangelho de Deus...”. Foi por causa da tentativa de muitos de quererem desfazer a autoridade da mensagem que Paulo pregava, que tornou-se importantíssima esta frase visto que o apóstolo demonstra, em especial para aqueles, como os da circuncisão, que as boas novas que ele anunciava vinha da parte de Deus e que a própria Escritura dos judeus ( o Velho Testamento) demonstrava com clareza, conforme diz o versículo 2.

A base da argumentação d Paulo certamente levava em consideração Is. 40-66, Em especial: 40:9 - 9 Tu, anunciador de boas-novas a Sião, sobe a um monte alto. Tu, anunciador de boas-novas a Jerusalém, levanta a tua voz fortemente; levanta-a, não temas, e dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus.; 56:7 - 7 sim, a esses os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos.; 60:6 - 6 A multidão de camelos te cobrirá, os dromedários de Midiã e Efá; todos os de Sabá, virão; trarão ouro e incenso, e publicarão os louvores do Senhor. e 61:1 - 1 O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;.

Qual o significado da palavra “evangelho”?

Significa, todos nós sabemos, “boas notícias”, “boas novas”.

As vezes por estarmos bastante familiarizados com a palavra “evangelho” que deixamos de compreender o seu profundo e tremendo significado. Sabemos que significa “boas novas”, e é justamente isso que as vezes nos inclinamos a esquecer.

Vamos ao dicionário, descobrimos o significado, é ficamos nisso. Concluímos a letra, mas jamais conseguimos chegar ao espírito. Como está escrito:

Romanos 10:8-10 - “8 Mas que diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé, que pregamos. 9 Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; 10 pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.

Se sabemos que evangelho significa “boas novas, duas coisas devemos levar em consideração:

1. Será que o evangelho chegou a nós como “boas novas”?

2. Seria esse o nosso real entendimento da própria substância (conteúdo), e não meramente da palavra que a descreve?

Paulo foi alguém profundamente impactado por essas boas notícias. Creio que ele introduz a palavra logo no início com o fim de lembrar-nos certos contrastes:

1. Ele agora é um pregador das boas novas, não mais um mestre da lei. Este fato deixa claro que não existia mensagem de boas novas na lei.

· A lei nunca foi destinada para ser boa nova, mas, “foi ordenada por causa das transgressões” (Gal.3:19).

· Nunca foi dada como meio ou método de salvação (Rom.3:19-20).

· A lei com mensagem de boa nova não é o evangelho.

Infelizmente existem muitas pessoas que não conseguem estender isso. Alguns chegam a achar que a lei foi dada por Deus a Israel com o fim de oferecer-lhes uma oportunidade de se salvarem por suas próprias forças, por si mesmos.

Paulo faz um grande esforço para mostrar-lhes esta trágica incompreensão da lei. Pensar que o evangelho só veio porque a lei falhou, é entender mal tanto a lei como o evangelho.

2. Paulo agora não é mais um mestre da lei, mas um arauto do evangelho, das boas novas.

Surge então uma questão: Que boas notícias são estas?

· Não é meramente um assunto de que Deus vai perdoar pecados, isso a lei anunciava;

· A mensagem do evangelho não é um apelo para que façamos algo, um apelo para que as pessoas vivam vidas dignas, tenham boa moralidade e sejam éticos, etc. , em todo evento cívico essas coisas são proclamadas.

· Dizer as pessoas que elas tem que ter uma boa conduta, um bom comportamento, que elas devem ser melhores e que devem fazer um grande esforço nessa direção não é anunciar boas novas, aliás, é quase exatamente o oposto disso.

· É o anuncio, uma proclamação que nos é feita acerca do que Deus realizou. Podemos ver isso claramente expresso nos versos 16 e 17: “Não me envergonho do evangelho”. Por que? “... é o poder de Deus para a salvação...” – não é uma exortação para os homens se salvarem, e sim, o cominho da salvação segundo Deus - “de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. 17 Porque no evangelho é revelada, de fé em fé, a justiça de Deus,” Isso é o que há de novo! Isso é algo que vocês não vêem no Antigo Testamento. O perdão está lá, mas a plena exposição da justiça de Deus é nova, e é o elemento especial e único que faz do evangelho o evangelho; e é porque Paulo compreende isso, que o evangelho sempre lhe comove.

· É algo muito especial; uma pista ele já nos deu aqui mesmo; é algo concernente ao Filho de Deus. É de fato algo concernente a Deus e ao que Ele fez. Não é primariamente um apelo para que façamos algo.

· Em Lucas 1:20 os anjos dizem aos pastores que ...”trazemos novas de grande alegria...”; eles foram, constataram e voltaram “... glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham ouvido e visto.”

Pensando nisso, precisamos responder novamente as mesmas perguntas:

1. Será que o evangelho chegou a nós como “boas novas”?

2. Seria esse o nosso real entendimento da própria substância (conteúdo), e não meramente da palavra que a descreve?

3. Podíamos dizer com sinceridade neste momento que esta é a maior e melhor boa nova que já ouvimos?

Estou chegando a conclusão que, se não pudermos dizer isso, então, para dize-lo de maneira mais suave, deveríamos duvidar muito que somos cristãos.

Ou esta é a maior boa nova que já ouvimos, ou não é; e se para nós é,bem, há razões para isso.

Agora, se não temos esta visão ou não temos esta alegria, o que pode estar ocasionando isto?

Alguns fatores podem ocasionar esse fato:

  1. Ausência de uma experiência de conversão genuína.

È possível uma pessoa fazer uma decisão por Cristo sem que essa decisão seja fruto da obra do novo nascimento ou um decisão feita para abraçar um outro evangelho.

Em nossos dias professar fé em outro evangelho e não o de Cristo é a coisa mais fácil do mundo. Infelizmente, parece que a coisa mais difícil do mundo é encontrar alguém pregando realmente o evangelho. Como conseqüência disto, muitos não convertidos estão se convertendo sem se converter. Não vou dizer que eles ficam tristes quando se “convertem”, ou “que são obrigados a se converter”, mas a mensagem que os atrai gera neles uma alegria puramente carnal e humana.

Chamar as pessoas a Cristo prometendo a elas o que Ele não prometeu não é pregar o evangelho; Trazer as pessoas a Cristo através de outros meios e não o evangelho, não é trazer as pessoas a Ele; Fazer as coisas que agradam as pessoas no intuito de que elas venham e permaneçam na “igreja” não é traze-las a Cristo e muito menos pregar o evangelho.

Ou pregamos o evangelho de Cristo, ou todos que vierem a Ele através do erro, ainda que gostem e permaneçam na “igreja”, serão sempre “falsos convertidos” até que tenham uma experiência verdadeira com o Senhor e Sua Palavra. Paulo diz em 10:17 “que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus.”

  1. pelo fato de algumas pessoas ter um sentido imperfeito do pecado.

Quando falamos a palavra “pecado” o que vem a sua mente? A resposta deveria ser: “a coisa mas triste e horrível que aconteceu e que existe na história da humanidade. Se a minha idéia de pecado não for esta, a minha concepção das “boas novas” também será medíocre. Conseqüentemente, a minha vida como cristão também será.

Uma má idéia acerca do pecado, fará com que eu construa uma idéia errada acerca do mundo e de minha relação com ele, e também da imagem que eu tenho acerca de mim mesmo. E este é um outro problema que pode ofuscar o brilha das “boas novas” para minha vida.

  1. Uma insuficiente percepção de minha pecaminosidade.

· Uns acham que estão bem como estão porque são boas pessoas;

· Existem os que acham que tem em si mesmos condições de se acertarem com Deus por si mesmos estão na mesma situação.

Esta é uma das maiores causas de nossa incapacidade de alegrar-nos sempre no Senhor, e de compreender que esta é a maior boa nova que o mundo já recebeu.

Quando lhes falta alegria erroneamente as pessoas (os crentes também) tentam de toda maneira produzir alegria dentro de si por si mesmos. (Ex. Programações e novidades na igreja – tem que fazer um culto diferente); as pessoas que assim fazem nunca experimentaram a alegria prometida para aqueles que experimentam verdadeiramente as boas novas do evangelho.

Talvez você me pergunte: Como então eu posso experimentar essa alegria?

Vá as Escrituras, a Bíblia e a leia até que você se sinta a pior pessoa deste mundo: a pessoa mais pecadora que existe.

Positivamente, o caminho da alegria sempre passa pela percepção da gravidade do pecado, e, conseqüentemente, o estado espiritual deplorável que o pecado nos causou.

  1. Outra razão é a nossa incapacidade de aperceber-nos das conseqüências do pecado.

· Hoje em dia no meio “evangélico” já existe uma grande quantidade de pessoas que já não acreditam na condenação eterna do inferno;

· Outras, dizem que não devemos mais pregar sobre pecado e suas conseqüências porque isso vai magoar muito as pessoas que estão nos ouvindo;

· Outras nem mais acreditam que o pecado nem tem muita coisa a ver com nossa perdição ou salvação;

· Que um Deus de amor tão grande não vai mandar ninguém pro inferno;

· Nós muitas vezes estamos caminhando para o mesmo desvio, e poderemos cair no mesmo buraco.

· Tormento eterno; ranger de dentes; anátema da parte de Deus; uma vida terrena de sujeição ao mal; etc... é o que espera qualquer pessoa que ignorar os estragos que o pecado causou na natureza humana e na vida dos homens.

Se diminuirmos a nossa crença na punição do pecado, assim também, diminuímos as “!boas novas do evangelho”.

  1. a última razão é a incapacidade de compreendermos a grandeza da própria salvação.

Temos a tendência de reduzirmos ao perdão a percepção nossa sobre salvação. Me livrei do inferno: isso é o que importa.

Essa limitação de compreensão nos impede de ver as boas novas em sua altura, largura, comprimento e profundidade. Simplesmente nós nos privamos da grandiosidade de toda essa realidade.

Evangelho: Com que facilidade nós empregamos este termo; isso ocorre porque nós não nos sentimos tão culpados como as outras pessoas. (Been Laden; Sadan Hussein; Fernendinho Beiramar; etc.), mas somos iguasinhos!

Deveria ser-nos impossível usar a palavra “evangelho” sem explodirmos, num hino de louvor e gratidão. Boas novas que nos vem de Deus: Isso é o evangelho: É o evangelho de Deus.

O que isso quer dizer? É que a nossa pregação não consiste em:

· Dizer as pessoas minhas idéias pessoais de como se deve viver;

· Ou dize-las o que o homem deve fazer para ser salvo;

· Vou lhes dizer o que Deus fez. É isso! As boas novas de Deus!!!!!

Existem outras definições bíblicas acerca do evangelho; isso nós veremos semana que vem...

6. Outra é o apego demasiado as coisas deste mundo, em especial o deseja de ficar rico.

8 tendo, porém, alimento e vestuário, estaremos com isso contentes.

9 Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição. 10 Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. 11 Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão.

Paulo diz que uma das conseqüências deste apego e busca desordenada:

· caem em tentação

· e em laço

· e em muitas concupiscências loucas e nocivas,

· as quais submergem os homens na ruína e na perdição.

· e nessa cobiça alguns se desviaram da fé,

· e se traspassaram a si mesmos com muitas dores

· Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males.